"Pelo que me lembro, meu fetiche por planetas começou na terceira série, aos oito anos de idade - tão logo descobri que a Terra tinha irmãos no espaço, assim como eu tinha irmãos mais velhos no colégio e na faculdade. A presença de mundos vizinhos foi uma revelação ao mesmo tempo específica e curiosa em 1955, pois, embora cada planeta tivesse um nome e um lugar na família do Sol, muito pouco se conhecia sobre qualquer um deles. Plutão e Mercúrio - como Paris e Moscou, só que ainda melhor - despertaram a minha imaginação infantil para utopias ultra-exóticas.
(...)Quaisquer que sejam as preocupações cotidianas que dominam nossa mente na aurora deste século, a contínua descoberta de sistemas planetários extra-solares define o nosso momento na história. E o nosso Sistema Solar, em vez de ter sua importância rebaixada como apenas um dentre muitos outros, vai se revelando o modelo para compreendermos uma exuberância de outros mundos.
Mesmo que os planetas se desnudem à investigação científica e proliferem por todo o universo, eles ainda retêm a carga emocional da longa influência que tiveram em nossa vida e de tudo que já representaram nos céus da Terra. Deuses de antanho, e também demônios, esses vagantes noturnos foram outrora - e ainda são - fonte de uma luz que nos inspira, o horizonte distante da paisagem cósmica do universo que é a nossa casa."
Dava Sobel - Planetas
Um comentário:
não sabia que tinha um blog, astronauta. adorei!
beijos!
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