O sucesso do empreendimento humano chamado ciência, em muita medida, se deve por sua própria estrutura interna. Não há dúvidas que alguns pontos são questões realmente fechadas. Verdades científicas como "a Terra gira em torno do Sol" ou "a matéria é feita de átomos" ou "somos todos resultado de um lento e longo processo de descendência com modificação" parecem não terem como ser retrocedidas. Isso acontece porquê fazem parte de disciplinas "maduras", naquelas cujo arcabouço conceitual, empírico, observacional e experimental já se encontrou um elemento unificante. No demais, só há certezas dentro de sua margem de erro. É por isso que a ciência funciona. Para se fazer ciência, é necessário ter dimensão de nossa ignorância.
Algumas disciplinas "jovens" podem não possuir ainda esses elementos unificantes. Sua base observacional é muito fragmentária, e por isso não está presente um elemento unificador forte. Daí sua "juventude". Nelas, conjecturas, especulações e hipóteses, desde que lógicas e coerentes, ainda permeiam seus leitos. A Cosmologia é uma dessas disciplinas.
Falar sobre o universo é uma tarefa hercúlea. Pelo menos a consciência que temos hoje de que somos, temporal e espacialmente, insignificantes, nos serve de escudo para os enganos do passado medieval (e presente ainda em alguns fundamentalismos contemporâneos). Eles vinham de uma exclusividade humana no cosmo que não tem embasamento senão numa obsoleta filosofia de mundo egocêntrica.
Como em toda ciência jovem, a Cosmologia passa por vivos e intensos debates internos. Já foi assim na Astronomia de Galileu, na Física de Einstein, na Biologia de Darwin, e na Psicanálise de Freud. Seja por equívocos acadêmicos ou por vaidades intelectuais, essas questões abertas da Cosmologia infelizmente não são tratadas com o público geral. É como se não existissem.
Pois bem. Poucos sabem, mas a teoria do Big Bang, a Grande Explosão, que tenta descrever a origem e o desenvolvimento do universo é recentíssima, não tem nem 50 anos. É um modelo de cosmo importante, fomentou e fomenta muita pesquisa. E também tem fragilidades. Algumas são filosóficas e outras (talvez mais sérias por serem mais imediatas) são impíricas e observacionais. De modo que hoje está sendo desenhado um outro modelo de universo, uma alternativa ao Big Bang. As duas são teorias científicas, então estão realmente cumprindo seu papel dentro desse empreendimento coletivo para compreender o mundo. Não é como a (falsa) polarização entre Evolução X Criação, já que o segundo não é ciência, é mitologia, e portanto não são sequer comensuráveis já que possuem objetos distintos.
As próximas postagens terão portanto esse tema. A teoria do Big Bang e uma teoria sem nome específico, ainda em formação, que está ganhando interesse de muitos astrônomos jovens, mas foi inaugurada pelo veterano Halton Arp: a teoria do universo infinito no espaço e no tempo.
Algumas disciplinas "jovens" podem não possuir ainda esses elementos unificantes. Sua base observacional é muito fragmentária, e por isso não está presente um elemento unificador forte. Daí sua "juventude". Nelas, conjecturas, especulações e hipóteses, desde que lógicas e coerentes, ainda permeiam seus leitos. A Cosmologia é uma dessas disciplinas.
Falar sobre o universo é uma tarefa hercúlea. Pelo menos a consciência que temos hoje de que somos, temporal e espacialmente, insignificantes, nos serve de escudo para os enganos do passado medieval (e presente ainda em alguns fundamentalismos contemporâneos). Eles vinham de uma exclusividade humana no cosmo que não tem embasamento senão numa obsoleta filosofia de mundo egocêntrica.
Como em toda ciência jovem, a Cosmologia passa por vivos e intensos debates internos. Já foi assim na Astronomia de Galileu, na Física de Einstein, na Biologia de Darwin, e na Psicanálise de Freud. Seja por equívocos acadêmicos ou por vaidades intelectuais, essas questões abertas da Cosmologia infelizmente não são tratadas com o público geral. É como se não existissem.
Pois bem. Poucos sabem, mas a teoria do Big Bang, a Grande Explosão, que tenta descrever a origem e o desenvolvimento do universo é recentíssima, não tem nem 50 anos. É um modelo de cosmo importante, fomentou e fomenta muita pesquisa. E também tem fragilidades. Algumas são filosóficas e outras (talvez mais sérias por serem mais imediatas) são impíricas e observacionais. De modo que hoje está sendo desenhado um outro modelo de universo, uma alternativa ao Big Bang. As duas são teorias científicas, então estão realmente cumprindo seu papel dentro desse empreendimento coletivo para compreender o mundo. Não é como a (falsa) polarização entre Evolução X Criação, já que o segundo não é ciência, é mitologia, e portanto não são sequer comensuráveis já que possuem objetos distintos.
As próximas postagens terão portanto esse tema. A teoria do Big Bang e uma teoria sem nome específico, ainda em formação, que está ganhando interesse de muitos astrônomos jovens, mas foi inaugurada pelo veterano Halton Arp: a teoria do universo infinito no espaço e no tempo.