A base filosófica de toda a bem sucedida mecânica newtoniana parte de Hobbes e Descartes, com a noção de causa e efeito. Conhecendo-se a causa, aplica-se as leis físicas conhecidas e projeta-se o efeito, então verificável pela observação experimental e/ou impírica. A crença na metafísica da causa estava tão arraigada que o matemático Laplace, do século XVIII, acreditava piamente que conhecendo-se completamente o presente poderíamos determinar completamente o futuro. Vislumbrava-se um mundo determinísco. E os sucessos da Teoria da Gravitação Universal de Isaac Newton foram tantos que esse modelo de fazer ciência provocou um devastador "fisicalismo", para usar a expressão do físico Paul Ziman. Em todas as nascentes áreas da ciência procurava-se matematizar e mecanicizar, como na Física. O universo, natural e humano, era reduzido a uma complexa e intrincada máquina. Era o apogeu do determinismo.
Os primeiros problemas nessa imposição de modelo teórico da Física para outras ciências apareceram no século XIX nas atividades dos naturalistas que mais tarde denominamos Biologia. Muitos sistemas, afinal, pareciam não serem completamente expressados pela matemática.
Mas no começo do século XX a Teoria da Relatividade de Einstein colocou em cheque a crença no determinismo. A primeira parte da teoria (chamada Relativade Especial ou Restrita) mudava o conceito de simultaneidade. A causa antecede o efeito e é basicamente essa seqüência que os distinguem. Com a Relatividade Restrita percebeu-se que dois eventos simuntâneos podem não sê-los para diferentes observadores. Começava a ficar difusa a fronteira que distinguia a causa do efeito.
Mas o cheque-mate no determinismo veio com o desenvolvimento da Física Quântica pelo estranho Princípio da Incerteza, de Werner Heisenberg. Tão estranho que Einstein teve dificuldades de aceitá-lo. Heisenberg demonstrou, e as experiências confirmaram, que incertezas nas medidas de posição e velocidade de partículas não podem ser reduzidas a zero simultaneamente. A partir daí, relações desse tipo foram verificadas para incontáveis pares de grandezes físicas. Inevitavelmente nunca estaremos totalmente seguros de nossas medidas. Não podemos conhecer totalmente o presente, e portanto o futuro já não é determinístico como se acreditara. Descobrimos que uma dose de acaso permeia nossa vida.
Os primeiros problemas nessa imposição de modelo teórico da Física para outras ciências apareceram no século XIX nas atividades dos naturalistas que mais tarde denominamos Biologia. Muitos sistemas, afinal, pareciam não serem completamente expressados pela matemática.
Mas no começo do século XX a Teoria da Relatividade de Einstein colocou em cheque a crença no determinismo. A primeira parte da teoria (chamada Relativade Especial ou Restrita) mudava o conceito de simultaneidade. A causa antecede o efeito e é basicamente essa seqüência que os distinguem. Com a Relatividade Restrita percebeu-se que dois eventos simuntâneos podem não sê-los para diferentes observadores. Começava a ficar difusa a fronteira que distinguia a causa do efeito.
Mas o cheque-mate no determinismo veio com o desenvolvimento da Física Quântica pelo estranho Princípio da Incerteza, de Werner Heisenberg. Tão estranho que Einstein teve dificuldades de aceitá-lo. Heisenberg demonstrou, e as experiências confirmaram, que incertezas nas medidas de posição e velocidade de partículas não podem ser reduzidas a zero simultaneamente. A partir daí, relações desse tipo foram verificadas para incontáveis pares de grandezes físicas. Inevitavelmente nunca estaremos totalmente seguros de nossas medidas. Não podemos conhecer totalmente o presente, e portanto o futuro já não é determinístico como se acreditara. Descobrimos que uma dose de acaso permeia nossa vida.